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Primeira edição do evento, após as restrições impostas pela pandemia, supera expectativas, com fábricas garantindo produção até a metade do segundo semestre

A indústria brasileira de couro e calçados vê um cenário positivo para o segundo semestre depois da 29ª edição do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), realizado no Centro de Eventos do Serra Park, em Gramado. Com 12 mil visitantes e a presença de mais de 200 importadores de 30 países durante três dias de exposição, empresas garantiram a produção para os próximos meses (algumas com vendas acordadas até outubro). Expositores também calculam que o volume negociado deve ser 30% maior que o de 2019.

A feira é uma oportunidade para que, principalmente, lojistas e distribuidores conheçam e comprem produtos das marcas expostas. Nesta edição, a SICC contou com 250 expositores e 1,4 mil marcas de couro e calçados. Além das vendas positivas, a diretora de relacionamento da Merkator Feiras e Eventos (promotora do Salão), Roberta Pletsch, destaca que os comerciantes querem evitar a falta de matéria-prima, registrada em 2020 e 2021 por conta da pandemia.

— Muitos expositores venderam a produção até outubro. Há exemplos de marcas que venderam toda cota prevista para feira já no segundo dia. Para nós, o produtor nunca dá número da receita deles. Mas, o que notamos entre os produtores, desde o pequeno, médio e grande é que eles venderam muito bem. Como teve antes a falta de fornecimento de matéria-prima, o lojista vem pra cá para comprar, porque se ele não comprar agora, fica com medo de ficar sem mercadoria — explica a diretora.

O Salão Internacional do Couro e do Calçado é o momento em que as marcas lançam as tendências da primavera-verão. Além das coleções coloridas, bem recebidas por compradores e lojistas, há outros fatores que podem explicar o aumento das vendas nesta edição. Roberta menciona o interesse dos Estados Unidos pelos produtos brasileiros.

 — A indústria projeta crescer em 3% neste ano, muito ligado à exportação, principalmente aos Estados Unidos, que não quis ficar tão dependente da China, porque lá tem que ser covid realmente zero, se não fecha tudo. Então, eles estão buscando o calçado brasileiro, devido a qualidade e ao design. Para nossa indústria, foi fabuloso — destaca Roberta.

Conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), as exportações de calçados do Brasil cresceram em 68% no período de janeiro a abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2021. O segmento nacional recebeu US$ 434,65 milhões de dólares pela venda de 53,72 milhões de pares, com o Estado ficando responsável por 46% deste montante.

O SICC pode ter confirmado os indicativos que eram notados no setor. No primeiro trimestre de 2022, novamente de acordo com a Abicalçados, a indústria gerou mais de 17 mil postos de trabalho (em um setor que emprega cerca de 280 mil pessoas). Nesse cenário, o Rio Grande do Sul é o maior empregador do período, com 6,1 mil novas vagas — em um total de 82 mil pessoas trabalhando nesta indústria.

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